*22/11/1919 +05/05/2008
Nascido no Morro da Nova Cintra, em Santos, Vadico como era mais conhecido, teve seu primeiro contato com o esporte aos 10 anos, atuando como pegador de bolas no Tênis Clube de Santos. Contratado como empregado do clube em 1930, jogava escondido com outros garotos, imitando os grandes ases do tênis que frequentavam as quadras do clube na época.
E foi treinando com raquetes improvisadas nos intervalos do trabalho, que o garoto pobre teve sua aptidão reconhecida e acabou convidado a participar de torneios promovidos pelos clubes locais. E, aos 21 anos de idade acabou integrado ao quadro de competição do Tênis Clube de Santos, que na ocasião cedia jogadores para a seleção santista que disputaria a 6ª edição dos Jogos Abertos do Interior. Era o ano de 1941. A cidade de Santos participava pela terceira vez desta competição e tinha que defender o título conquistado no ano anterior. Era a grande oportunidade para o jovem Vadico mostrar seu valor, e ele soube aproveitar!
Santos conseguiria neste ano, a segunda de uma série de 23 conquistas quase sucessivas que acumularia até 1968. Destas célebres vitórias – talvez jamais superadas – Waldemar Rodrigues de Souza participou efetivamente, tanto como jogador quanto como técnico, de 16 delas. Era o começo de uma carreira vitoriosa que levaria o pegador de bolas que morava no morro, a transformar-se numa verdadeira lenda na história dos Jogos Abertos do Interior.
Vadico também participou com sucesso de campeonatos nacionais e internacionais. Ao lado de Maneco Fernandes, Gin Goya e Rodolfo Mourão, foi campeão paulista, brasileiro e sulamericano, sempre defendendo o Tênis Clube de Santos. Como esportista e professor, perpetuou também seu nome não apenas nas quadras de saibro da Rua Minas Gerais, mas também na história do esporte santista.
por Gilmar Domingos de Oliveira
Fontes: Pesquisa em jornais e revistas do período e acervos de: Luiz Carlos Rodrigues de Souza Jr, TCS e CME de Vaney e Almanaque Esportivo de Santos.
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