Marcos Cortez – Pavão

Futebolista santista, surgido na Portuguesa santista, em 1950. Atuou pelo Flamengo do RJ. e Santos Futebol Clube. Foi bi-campeão brasileiro, tri-campeão paulista, tri campeão carioca, campeão da Liberatadores e do Mundial de Clubes.

* 04/11/1929 em Santos/SP                    + 07/05/2006 – Santos/SP

Pavão foi  ídolo na Vila e na Gávea

Parentes, amigos e ex-companheiros de profissão se des­pediram de Marcos Cortez, o Pavão, ex-zagueiro que marcou época no Flamen­go e, teve passagem pelo Santos e Portuguesa Santista. Pavão faleceu no sábado, ( 07/05/2006 )  aos 77 anos, no Hospital Beneficência Por­tuguesa de Santos, vítima de cirrose, Seu corpo foi enterra­do no Cemitério Saboó. “O curioso é que ele nunca bebeu na vida”, contou o primo do ex-­zagueiro, Valter César Augus­to, que chegou a acompanhar o ex-jogador em sua passagem pelo clube da Gávea.

Após iniciar a carreira na Briosa, no início dos anos 50, o santista Pavão transferiu-se para o Flamengo para, em segui­da, atuar pelo Santos, entre 1959 e 1961. “Ele era um dos meus grandes amigos na vila Belmiro. Participamos juntos da primeira excursão que o Santos fez pará o exterior, em 59. Apesar de exibir vigor quando atuava, era um cavalheiro fora de campo”, relembrou Carlos Pierin, o Lalá, goleiro do Alvinegro na época.

Pavão fechou seu ciclo no Santos com a conquista do bicampeonato paulista _ em 1960 e 1961.

Paixão pelo Mengão

Mas foi realmente no Flamen­go onde Pavão viveu seus dias de glória e marcou época. Reza a lenda que o Santos ainda deve uma quantia para o clube cario­ca em razão de sua transferên­cia. Nos oito anos em que vestiu a camisa rubro-negra (de 1951 a 1959), conseguiu ser tricampeão carioca, entre 1953 e 1955, comandado pelo técnico para­guaio Fleitas Solich. “Além de uma pessoa muito ligada à família ele sempre foi um ídolo no Flamengo e por isso até recebeu homenagens em letras de samba”, contou o filho do ex­-zagueiro, Marcos Cortez Filho.

Por ter seu nome ligado ao time da Gávea, Pavão foi citado pelos compositores Wilson Batista e Jorge de Castro na canção Samba Rubro-Negro, que dizia: “Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá/ vai haver mais um baile no Maracanã/ o mais querido, tem Rubens, Dequi­nha e Pavão … “.

Quarenta anos depois, Pavão novamente foi homenageado pela música. Em 1995, ano do centenário de fundação do Fla­mengo, a Escola de Samba Estácio de Sá foi para a avenida com o tema Uma vez Flamengo …, que em um trecho dizia “Vou ver Fla-Flu, Fla-Vas, vou ver Diamante Negro, Fio Maravi­lha, Domingos da Guia, Zizi­nho, Pavão”.

No Flamengo, Pavão fez 348 jogos, – obtendo 222 vitórias, 67 empates e sofrendo 59 derrotas. Marcou cinco gols.

Pai de dois filhos e avô, de dois netos, Pavão morava com a mu­lher Valdete no bairro do Mara­pé, e curtia a aposentadoria.

Por Thiago Bastos

Fonte; jornal A Tribuna de 08/05/2006

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