* 12/08/1917 + 21/08/2010
Nascido em São José dos Pinhais/PR e descendente de uma família de poloneses, radicou-se em Santos/SP na década de 1930.
Filiado ao Clube de Regatas Saldanha da Gama especializou-se em natação de grandes distâncias, e em 1935, participou pela primeira vez da Travessia de São Paulo a Nado: um percurso de 5.500 metros que seguia os contornos do Rio Tietê, e inspirou todas as outras competições do gênero no Brasil.
Em Santos, competiu pela primeira vez na Travessia do Canal a Nado em 1939, em sua 2a. edição, e prosseguiu por mais 14 vezes, nadando até 1972, quando já estava na categoria ” veteranos “. Participou também da Travessia Teodureto Souto, em São Vicente, de 1959 a 1971.
Em 1939, convocado para defender a Cidade de Santos nos Jogos Abertos do Interior, em Campinas, não pode participar pois começou a trabalhar no Banco do Brasil e teve que mudar-se para Jacarézinho no Paraná.
Após 18 anos fora da cidade e casado com Elza Cunha, retorna à Santos e com 41 anos retoma a pratica esportiva na categoria veteranos, classe na qual viria a representar a Cidade de Santos em inúmeras competições.
Aposentado em 1972, passa a fazer parte da comissão de organização da Travessia do Canal de Santos até a suspenção da competição em 1977.
Em 1985 ao lado de José Volpe, Luizilda Ortiz Moraes e outros veteranos da natação paulista, criam a Associação Masters Nada Mais, entidade que congregando ex-campeões do passado estimulava e facilitava a participação coletiva nas competições nacionais, propiciando a conquista de inúmeros títulos e recordes para as equipes santistas.
Aos 92 anos de idade, e viúvo desde 2005, Jorge Radecki ainda nadava 700 metros diariamente quando o Almanaque Esportivo de Santos foi encontrá-lo para uma entrevista em seu apartamento, onde mantém um relicário com as centenas de medalhas e troféus que conquistou durante toda a vida.
No dia 21/08/2010, após uma internação hospitalar de quatro dias, o nosso campeão de participações na Travessia do Canal iniciou sua última maratona. Seu corpo foi cremado no Memorial Necrópole Ecumênica de Santos, e as cinzas, atendendo seu pedido serão dispersas no mar.
por Gilmar Domingos de Oliveira
Fontes: Arquivos particulares de Jorge Radecki e colaboração de Sandra Paron.
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