Adriano Neiva da Motta e Silva, De Vaney, jornalista, nasceu em Ribeirão Preto, a 22/2/1907. Começou sua carreira aos 16 anos, no jornal carioca “Dia a Dia”.
Já era bastante conhecido no início da década de 30, quando a tensão política brasileira o fez viver algum tempo em Paris, onde ganhava a vida escrevendo sobre a América do Sul.
De retorno, tornou-se editor de política de “O Globo”, do Rio e, quando esperava uma vida tranquila, veio o golpe de 1937 (Estado Novo) que o deixou sem o novo emprego, passando a sobreviver no Rio de Janeiro com as crônicas vendidas a 10 contos de réis cada uma, sobre os principais personagens da guerra e da política européia, para o “Diário de Noticias”.
Com o fim da guerra, em 1946, recebeu convite do diretor de redação para escrever artigos esportivos. A primeira crônica foi sobre Leônidas, “o Diamante Negro”, e não parou mais.. acumulando ao longo de mais de quarenta anos de crônica esportiva, mais de trinta e um prêmios jornalisticos que passaram a enfeitar a sua estante, destacando-se o “Charles Miller de Literatura Esportiva”.
Em 1984, o glaucoma levou-lhe a visão e passou a ditar seus artigos, continuando a trabalhar para o jornal “Cidade de Santos”. Foi correspondente de 41 jornais brasileiros e nove do exterior, e também escreveu algusn livros durante sua carreira.
Faleceu em Santos em 29 de janeiro de 1990, e um ano após a sua morte, seu acervo, agregado a coleção de troféus e o arquivo de pesquisas deu origem ao Centro da Memória esportiva De Vaney.