* 06/10/1932 + 31/03/1998
Nasceu na cidade de Paranaguá, veio para Santos ainda pequeno. Começou como pegador de bolas no Tênis Clube de Santos em 1943, e tornou-se um dos melhores alunos do professor Vadico, que o adotara quando tinha apenas 4 anos.
Tornou-se um dos grandes tenistas brasileiros, e conquistou vários títulos no Brasil e na América do Sul. Conviveu no meio esportivo por mais de trinta anos competindo com os grandes nomes do tênis da época, como Maneco Fernandes, Alcides Procópio e Mary Habicht, com quem formou um dupla vitoriosa. Considerava a maior emoção de sua vida, a vitória sobre Maneco Fernandes em 28 de julho de 1955, no 25o. Aberto da Cidade de Santos.
Em 1970 foi chamado para participar da Copa Davis ao lado dos jogadores Koch e Mandarino.
Sua maior alegria era ensinar tênis para as crianças, o que fez a partir dos 17 anos ajudando a revelar grandes nomes do tênis nacional. A maior tristeza foi ter sido classificado como profissional em 1956, tornando-se o tenista deste gênero, mais jovem no Brasil, o que o impossibilitou de representar o país durante vários anos.
Após abandonar as competições, tornou-se professor de tênis. Faleceu em 31 de março de 1998, em Santos, deixando a esposa Wilma Muniz de Almeida Moreira e os filhos Olivia Cristina Moreira Martins Franco, Luiz Antonio Muniz de Almeida Moreira e Katiane Moreira Costa.
Seu corpo está no Mausoléu do Esportista Amador desde 29/05/2005 e seus feitos registrados no livro ” O Tênis no Brasil ” de Gianni Carta e Roberto Marcher lançado em 2004.
por Gilmar Domingos de Oliveira
Fonte: Edições do jornal A Tribuna da década de 1940 e 1950, e entrevistas com Vadico e Mary Habicht.
————————————————————————————————————
O texto abaixo é reprodução de artigo publicado no jornal A Tribuna de 10/08/1950
O TENIS PERDENDO O FRAQUE A CARTOLA
O nosso tênis já evolui algo. Já deixou de ser aquele esporte de cartola e fraque, exclusivo de meia dúzia de praticantes que tomavam conta de uma vasta área de terreno, como homens arrogantes instalados na vastidão de um infranqueável feudo.
Sem perder o seu inato cavalheirismo, sem derivações que o possam deturpar, o tênis já avançou d fato o suficiente para se tornar um ramo não só ao alcance de todos , mas acessível a uma camada mais modesta e sem absurdos preconceitos.
São os próprios clubes de tênis, os seus dirigentes, que vão democratizando ( o termo está em voga ) o bonito esporte, sempre alvo e imaculado, distante em personalidade de outros mais.
Hoje muitos elementos desta ou daquela classe , sempre que sigam a linha irrepreensível da boa conduta , das boas maneiras, podem freqüentar as quadras de tênis.
O caso de Arnaldo Carlos Moreira é desses que mais reforçam a nossa opinião. Rapaz modesto, pobre, nem por isso deixou de receber a irrestrita simpatia dos associados e dirigentes do Tênis Clube, que o tratam carinhosamente e se entusiasmam com o seus progressos.
por Antonio Guenaga